Todo o cuidado é pouco quando se projeta para saúde. Um fluxo adequado, dimensões corretas, materiais e revestimentos resistentes, o respeito às normas e acessibilidade, tudo isso é relevante para resultar em um atendimento de excelência ao paciente. Porém, quando este paciente é uma criança, devemos ir um pouco além deste contexto. Neste artigo, vamos explorar mais detalhes sobre o impacto que a arquitetura pode e deve ter no bem-estar da criança e sua família em ambientes de saúde.
Uma arquitetura adequada para ambientes pediátricos
Podemos começar fazendo uma reflexão básica: a criança está no ambiente porque precisa e não porque quer. Se há dor ou qualquer desconforto envolvido, a situação piora. Portanto, a primeira providência a ser tomada em projeto é pensar em um ambiente acolhedor e seguro, e que principalmente ela reconheça sendo dela, ou seja, pertencente ao seu mundo. Não basta um espaço funcional, correto e que atenda apenas às necessidades médicas. Isso é muito importante mas, como falamos no início, aqui devemos ir além: é preciso dar conforto físico e emocional. Transmitir tranquilidade e confiança desde o momento da chegada da família até o fim do seu atendimento deve ser o objetivo de qualquer projeto para, acima de tudo, tirar o foco do desconforto sentido naquele momento.
Como a arquitetura pode influenciar o bem-estar das crianças em ambientes de saúde
A influência da arquitetura no bem-estar da criança é profunda e multifacetada. Ambientes acolhedores ajudam a reduzir o estresse e ansiedade proporcionando uma atmosfera amigável e reconfortante. Para isso, devemos trabalhar cores, decoração estimulante, sempre que possível bastante iluminação natural , tudo para trazer mais leveza ao espaço. Para tirar o foco da dor, podemos também estimular a criatividade e curiosidade das crianças com espaços de exploração usando brinquedos e atividades interativas. Isto ajuda a distrair a criança e torna a experiência mais agradável.
Exemplos de aplicaçãoSala de espera : A sala de espera é o primeiro ponto de contato da criança com a clínica, por isso deve ser acolhedora e convidativa. Use cores alegres, capricho na decoração lúdica, móveis confortáveis e reserve espaço de recreação com brinquedos, jogos e livros.
Consultórios: Evite consultórios intimidadores, receba a criança captando sua atenção de forma positiva, tirando o foco da dor. Como resultado, você terá um atendimento mais tranquilo e assertivo.
Área de tratamento: Crie áreas de tratamento eficientes aos profissionais de saúde, mas que transmitam segurança e tranquilidade para crianças e familiares. Trabalhe bem com as cores e use somente revestimentos que permitam a limpeza adequada recomendada por norma.
Ao se projetar qualquer ambiente para atendimento pediátrico, seja um pronto socorro, clínica ou apenas um consultório, é essencial considerar o grande impacto que a arquitetura pode e deve ter em relação ao serviço prestado às crianças e sua família.
Todos os elementos que comentamos aqui somados a uma equipe bem treinada, receptiva e eficiente tornam não somente a jornada do mini paciente mais gentil e acolhedora, como resultam em fidelização dos serviços e indicação do espaço para amigos e familiares.